sábado, 15 de novembro de 2008

Duas pernambucanas estão entre os 150 finalistas da Olimpíada Brasileira de Língua Portuguesa Escrevendo o Futuro, que premiará 15 alunos de escolas públicas no dia 1º de dezembro. Juliene Costa, 13 anos, de Pesqueira, no Agreste, e Bruna Sabino, 11, de Tabira, no Sertão, produziram poemas sobre o lugar em que vivem. O concurso, organizado por Ministério da Educação (MEC) e Fundação Itaú Social, também agraciará os professores que prepararam os alunos campeões. Ganham computadores e impressoras os autores dos melhores textos nas categorias poesia, memória e artigo de opinião. Recebem o mesmo prêmio os professores, que se inscreveram para se capacitar e comandar oficinas de produção textual. Para as escolas vencedoras, serão enviados dez microcomputadores e acervo para ampliar bibliotecas. Todos os 500 semifinalistas receberam R$ 150 para adquirir livros. Bruna Sabino, da 5ª série da Escola Estadual Pedro Pires Ferreira, escreveu poema exaltando os pássaros, a vaquejada e os agricultores de Tabira. Foi ensinada pelo professor Gustavo César Barros Amaral. A garota, que sempre gostou de poesia, quer levar os prêmios para usufruir com os colegas. “Esse projeto me deu mais vontade de ler. Quero muito ganhar.” Juliene confessa que nunca havia escrito um poema até sua professora, Rosimere Morais das Neves, inscrever a Escola Municipal Maria Aliete no projeto. “Agora leio vários autores. Gosto muito de Carlos Drummond de Andrade”, orgulha-se a estudante, que produziu poema ressaltando monumentos religiosos de sua cidade. Duzentos mil alunos de ensino fundamental e médio de 5.544 municípios inscreveram-se este ano. Em Pernambuco, 2.146 escolas de 166 cidades. O tema “O lugar onde vivo” é usado desde a primeira edição. “Leva o aluno a interagir com a comunidade. Mais que concurso, é um programa de formação de professores”, explica a diretora da Fundação Itaú, Ana Beatriz Patrício. Promovida desde 2002, a Olimpíada de Língua Portuguesa ganhou apoio governamental este ano. Segundo o diretor do MEC Marcelo Soares, a ação tornou-se política pública. Ministério e fundação investiram R$ 15 milhões. A ONG Cenpec desenvolveu a metologia e acompanha o projeto. (Jornal do Commercio)

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